sábado, 12 de março de 2016

Histórico! Exames genéticos do HIV inocentam homossexual suposto paciente zero da Aids

Era início da década de 1980, o jovem franco-canadense Gaetan Dugas descobre que está com um vírus até então desconhecido posteriormente batizado de HIV - Virus da imunodeficiência humana. Ele é registrado como o paciente zero. Por ser comissário de bordo, viajou o país inteiro no mesmo período em que a doença começou a se espalhar pela América do Norte. Sua fama de predador homossexual promíscuo em saunas gays rodou a imprensa do país e ele recebeu a acusação de ser o disseminador da doença tanto na costa Oeste quanto na costa Leste dos EUA. Entretanto, a revista científica do New York, Science of Us, revelou esta semana uma nova pesquisa que mostra a diferença entre o vírus de Dugas e dos primeiros pacientes dos Estados Unidos.
 Os pesquisadores analisaram o material genético das amostras preservadas do vírus de Dugas, que morreu aos 31 anos em 1987 em decorrência de causas relacionanadas à Aids, e as que estavam circulando pelas cidades um tempo depois, todas preservadas para estudo. Eram todas do vírus do HIV, mas como ele sofre inúmeras mutações, os pesquisadores descobriram que eles não tinham a mesma origem. 
 Segundo o relatório apresentado, os vírus tinham mais semelhança com os que surgiram no Haiti. Isso sugere que os primeiros casos nos Estados Unidos tiveram origem por meio de pessoas que visitaram o país ou regiões próximas. Já o vírus de Dugas tem semelhanças com o que passou a circular muitos anos depois do início da epidemia. O resultado da pesquisa é um choque, uma vez que mostra, 30 anos depois da morte de Gaetan, que todo o julgamento, preconceito e acusações enfrentadas pelo comissário de bordo foram injustas e sem fundamentos. 
 O nome de Dugas e referências a ele aparecem em inúmeros filmes, livros e estudos sobre a epidemia. Aparentemente, o fato de ele ser comissário de bordo, gay e promíscuo não foi o estopim para a epidemia nos EUA, todavia, seu caso foi crucial para a descoberta do vírus e as ações para frear a epidemia, que até então não se sabia a forma de transmissão. Sabe-se que Dugas transou com mais de 1500 pessoas de forma desprotegida, inclusive depois de diagnosticado, pois se negava a usar o preservativo. Ele ainda foi acusado de levar o vírus, que teria adquirido na África, para a Europa.

 

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