domingo, 19 de junho de 2011

RESISTÊNCIAS A MUDANÇAS Parte I


- A percepção de um problema é o primeiro passo na cura ou na mudança dos problemas que afligem o ser humano.
- Quando temos algum problema profundamente inserido no indivíduo, primeiro é precisa-se percebê-lo para então se recuperar.
- Pode-se talvez começar mencionando o problema, queixando-se dele ou vendo-o em outras pessoas. De alguma forma, o problema sobe à superfície de nossa atenção e passa-se a se relacionar com ele.
- A impaciência é uma forma de resistência em aprender e mudar.
- O entregar-se, desistir da resistência, permitir-se aprender.
- Pode-se trabalhar em 02 níveis:
1 – Encarar a resistência 2 – Insistir nas mudanças mentais
Sugere-se que observem, pensem a respeito e depois continuem em frente, apesar de toda dificuldade existente.
Pistas Não Verbais
 Nossas Ações Frequentemente Mostram Nossa Resistência
- Mudar de assunto - Sair da sala- Ir ao banheiro - Chegar atrasado- Ficar doente - Adiar- Desperdiçando tempo - Folhear uma revista- Recusar-se a prestar atenção - Comer, beber, fumar.
 Hipóteses – Muitas vezes fazemos hipóteses sobre nós e os outros para justificar nossa resistência e aparecem declarações do tipo:
- Não adianta nada - Meu cônjuge não iria compreender- Eu teria de mudar toda minha personalidade - só fracos procuram ajuda / tratamento- eles não conseguiriam me ajudar - eles não saberiam lidar com minha raiva- meu caso é diferente - não quero incomodar ninguém- vai passar sozinho - ninguém consegue.
 Eles – damos poder aos outros e usamos essa desculpa para nossa resistência em mudar. Têm-se idéias como:
- Deus não aprova - está chegando a hora certa- este não é o ambiente adequado - eles não me deixarão mudar- eu não tenho o professor ferramenta certa - meu médico não quer- não consigo tirar algumas horas de folga - não quero ficar submetido a eles- é tudo culpa deles - eles têm que mudar primeiro- assim que eu conseguir vou fazê-lo. - você / eles não entendem- não quero magoá-los - é contra minha criação / religião; filosofia.
 Conceitos Sobre o Eu – temos idéias sobre nós mesmos que usamos como limitações e resistência a mudanças
- velhos / jovens demais - altos / baixos demais- gordos / magros demais - preguiçosos demais- fortes / fracos demais- pobre demais - burros demais- indignos demais- frívolos demais - sérios demais- emperrados demais - talvez tudo seja demais.
 Táticas de Procrastinação – a resistência muitas vezes se expressa como táticas de procrastinação. Usa-se desculpas como:
- farei mais tarde - não posso pensar nisso agora- eu teria de ficar muito tempo afastado - Farei isso um dia qualquer- tenho muitas outras a fazer - pensarei nisso amanhã- assim que eu terminar com... - assim que eu voltar de viagem- a hora não é certa - é tarde demais ou cedo demais.
 Negação – essa forma de resistência aparece na negação da necessidade de mudar
- não há nada errado comigo - não consigo fazer nada a respeito- se eu o ignorar, talvez o problema desapareça. - de que adiantaria mudar?
 Medo – a maior categoria de resistência é o medo
– medo do desconhecido- ainda não estou pronto - posso falhar- eles poderão me rejeitar - o que os vizinhos vão pensar?- não quero mexer nisso agora - estou com medo de contar ao meu cônjuge...- não sei o bastante - poderei me magoar- posso precisar mudar demais - talvez fique muito caro- prefiro morrer primeiro - não quero que ninguém saiba - tenho medo de expressar meus sentimentos - não quero conversar sobre isso- não tenho energia necessária - quem sabe onde irei terminar?- posso perder minha liberdade - é difícil demais- não tenho dinheiro agora - posso machucar minhas costas- eu não seria perfeito - eu poderia perder meus amigos- não confio em ninguém - isso poderia prejudicar minha imagem.

Estas são apenas algumas das maneiras que criamos para resistir as Mudanças.

É só por hoje...Mais será revelado.

Odemar R. Brandão Fº.
Consultor em Dependencia Química/DST/AIDS

Abaixo-assinado ANISTIA AOS BOMBEIROS MILITARES

Abaixo-assinado ANISTIA AOS BOMBEIROS MILITARES

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Crack e a Violência

A violência é um dos assuntos mais comentados na atualidade. Assalta a paz espiritual, contribui para a proliferação do flagelo social, e infelizmente, serve de bandeira política para sanguessugas sociais em épocas apropriadas. É certo que violência e criminalidade andam juntas, lado a lado, mas é a mesma coisa? Quando se tem um conjunto de constrangimento físico e moral, com negação dos direitos fundamentais que constituem o chamado piso vital mínimo como falta de moradia, miséria, desigualdades sociais, fome, corrupções, abusos e arbitrariedades e outras mazelas sociais, então nestes casos, podemos falar em violência. Agora, quando se tem um somatório de roubos, furtos, homicídios, lesões corporais, sequestros, estupros, e outros delitos, aqui se pode falar em criminalidade. Seguramente, os níveis de violência contribuem para o crescimento da criminalidade. Quanto menor o nível de violência, menor serão os índices de criminalidade. Assim, é possível afirmar categoricamente que a criminalidade possui várias causas, ela é multifatorial. Mas o que não se pode negar, é que nos dias atuais, o tráfico ilícito e uso de drogas têm sido a causa principal, o comburente que oxigena o recrudescimento da criminalidade em todo país. Inúmeras são as substâncias entorpecentes vendidas e consumidas no mundo inteiro, responsáveis pela degeneração do tecido social: maconha, skank, haxixe, cocaína, merla, paco, codeína, morfina, heroína, LSD, ecstasy e outras. Mas é inegável que o Crack é a droga que mais preocupa a sociedade brasileira, pelo seu potencial poder de destruir, de aviltar e de transformar o usuário em fera social. O Crack é uma droga ilegal derivada da planta de coca, é feita do que sobra do refinamento da merla, que é sobra do refinamento da cocaína, ou da pasta não refinada misturada ao bicarbonato de sódio e água. Foi criada por soldados americanos em meados do ano de 1966, para tentar diminuir o movimento dos Panteras Negras (em inglês Black Panters Party). O bicarbonato de sódio faz com que a mistura tenha um baixo ponto de fusão (passagem de sólido para líquido) e ebulição (uma forma de passagem de líquido para gasoso), tornando possível a queima da droga com o auxílio de cinzas, que são colocadas no cachimbo junto ao crack. O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante e é tão potente quanto à cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa – basta um cachimbo improvisado. O crack eleva a temperatura corporal, podendo levar o usuário a ter um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurónios e provoca no dependente a degeneração dos músculos do corpo (Rabdomiólise), o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas ficam finos e costelas aparentes. Normalmente um usuário de crack, após algum tempo de uso utiliza a droga apenas para fugir da sensação de desconforto causado pela abstinência e outros desconfortos comuns a outras drogas estimulantes: depressão, ansiedade e agressividade.
O uso do crack e sua potente dependência em muitos casos levam o usuário à prática de pequenos crimes para a compra da droga. Estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo com o aumento da criminalidade praticada por jovens, como pequenos furtos e o aumento da prostituição juvenil, com o fim de financiar o vício. Na periferia de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack é o nicho de maior crescimento da AIDS no Brasil. O efeito social do uso do crack é o mais devastador entre as drogas normalmente encontradas no Brasil, o viciado em crack se torna gradativamente completamente dependente da droga, e a prática de pequenos crimes normalmente começa em casa, com o furto de objetos e eletrodomésticos para a compra da droga. O viciado em crack dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou escola diário, passando a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. Para o combate efetivo, há necessidade de implementação de medidas nas três linhas de ações: preventiva, repressiva e curativa. A prevenção deve ser a primeira linha de ação, com introdução de medidas voltadas para a formação educacional da criança e do adolescente nas escolas, fortalecendo a sua auto-estima, com a demonstração do grande mal que a droga tem causado à sociedade, e mesmo porque a educação é a melhor forma de se prevenir. Mas é preciso que sejam medidas preventivas efetivas, e não um monte de ações pirotécnicas e espetáculos apelativos, mesclado de extorsões junto às entidades públicas e pobres da população, que assistimos por aí, através de alguns arremedos de projetos. Outra medida importante na política de combate ao uso e tráfico de drogas ilícitas é a implantação de clínicas especializadas para desintoxicação do dependente químico. Se não existe um lugar para tal finalidade, evidentemente, que o usuário vai permanecer nas ruas como lixo social, ameaçando, roubando, e trazendo insegurança para as pessoas e para o próprio viciado.






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