terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Programa social rejeita internação compulsória para dependentes


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Programa proximidade na Lapa começou a receber moradores de rua (Prefeitura do Rio de Janeiro)
Rio de Janeiro - Moradores de rua dependentes de álcool e drogas, que vivem na Lapa, no centro da capital fluminense, começaram a receber hoje (6) atendimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para combater o vício. O Programa Proximidade, que teve início em 2013, busca inserir na sociedade os dependentes químicos.
A primeira localidade a receber a iniciativa, no ano passado, foi o Parque União, comunidade no Complexo da Maré, na zona norte da cidade. Segundo a secretaria, 929 pessoas receberam atendimento, sendo 729 homens e 200 mulheres. Do total, 600 dependentes decidiram continuar o tratamento.
De acordo com o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social, Adilson Pires, o programa está obtendo sucesso porque não impõe o tratamento ao dependente. “Nosso objetivo é estar presente onde está o usuário, e ganhar a confiança dele. Com isso, em um momento de lucidez, o usuário terá a oportunidade de iniciar o tratamento”, disse Pires.
Sobre a internação compulsória dos usuários de crack no Parque União, no início do ano passado, Adilson Pires garantiu que não agirá mais dessa forma. "Não é a melhor forma de enfrentar o problema. Ficou comprovado, com a atuação do programa no Parque União, que a política acolhedora apóia o usuário na sua mudança. Ele começa a enxergar a prefeitura como um parceiro para sua recuperação. É o grande diferencial”, disse Pires.
A iniciativa de atuar nos pontos de uso de drogas foi baseada em pesquisa do Ministério da Justiça e a Fundação Osvaldo Cruz. “Foi revelado que 80% dos usuários de crack querem deixar o vício, mas apenas 20% procuram ajuda. Os outros 60% deixam de procurar tratamento por não saberem aonde ir ou com quem falar”, dissse o secretário.
Os dependentes assistidos pelos agentes sociais do município são incluídos na rede de proteção social da prefeitura, que comporta, entre outras ações o acolhimento e o tratamento ambulatorial contra a dependência química.

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