A Droga do Co-Dependente É O Seu Comportamento Emocionalmente Disfuncional
Definir co-dependência não é muito fácil, pois suas características e variantes são intermináveis. Vamos, porém, observá-la de uma maneira mais simples e básica, necessária para que possa ocorrer uma identificação.
O termo co-dependente surgiu juntamente com os primeiros programas de recuperação para dependentes químicos nos Estados Unidos. Denominavam-se co-dependentes aquelas pessoas, geralmente familiares, (pais, filhos, maridos, esposas, irmãos, etc.) que se envolviam emocionalmente na doença do dependente químico. Na progressão da mesma, estes também adoeciam.
Co-dependência é uma doença de caráter emocional, como a dependência química; só se desenvolve quando existe uma pré-disposição para tal. Enquanto que no dependente químico essa pré-disposição é de caráter físico, no co-dependente é de caráter emocional. Nenhum co-dependente “desenvolve” a sua doença somente por causa da adicção do seu marido ou filho. Co-dependentes que pensam assim não conseguem romper o ciclo da doença para iniciar a sua recuperação. Na verdade, adoeceu pelo fato de que já dispunha de alguns requisitos ou deficiências de ordem emocional que fizeram com que mergulhasse nessa situação.
Falar de recuperação de co-dependência sem abrir mão de conceitos e sentimentos de culpa é continuar doente, ou seja, é a manifestação da própria doença.
A co-dependência e sua recuperação independem do dependente químico, ela é uma questão extremamente pessoal e individual.
O Co-dependente julga-se responsável por outra pessoa, por seus sentimentos, pensamentos, ações, escolhas, vontades, necessidades, bem-estar, ausência de bem-estar e destino.
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