Encontro em Brasília pode definir futuro do crack no Rio

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Encontro em Brasília pode definir futuro do crack no Rio

Prefeito vai conversar com ministro da Saúde sobre internação compulsória e criação de leitos

Rio - Uma possível solução para o drama de viciados em crack poderá surgir hoje do encontro entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Paes vai levar para Brasília a polêmica decisão de internação compulsória para adultos, além do projeto de abrir 600 vagas até o fim do ano para tratamento de dependentes químicos. Só ontem, agentes da prefeitura retiraram 63 pessoas que usavam a droga sob viaduto da Avenida Brasil em frente ao Parque União, na Maré.

O ministro já havia se manifestado favorável à iniciativa do Rio de internar adultos dependentes de crack para tratamento, mesmo contra a vontade. Uma das pautas da conversa entre as autoridades hoje será a discussão logística das 600 vagas para tratamento dos dependentes. Paes ainda não definiu se ampliará os quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) ou se criará novas unidades. De qualquer forma, a quantidade de leitos prometida pelo prefeito deve superar o número já existente em hospitais da rede municipal.

Poucos minutos após a saída das equipes da prefeitura, viciados em crack voltaram ao canteiro da Avenida Brasil em frente ao Parque União

Para Analice Gigliotti, psiquiatra e integrante da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), a iniciativa de criar tantas vagas pode dar certo, desde haja profissionais suficientes para tratar os pacientes. “Para cuidar de 15 a 20 pacientes, o grupo mínimo deveria ser de dois psicólogos, dois enfermeiros, um assistente social e um médico de plantão. Será que tem profissionais pra isso? A iniciativa é louvável, tomara que ele (prefeito) consiga fazer”, disse.

A especialista ressaltou que os agentes de saúde precisam ter capacitação específica para atender pacientes com dependência química. “Apesar de absolutamente viciante, é possível se livrar do crack. É difícil fazer o paciente aderir ao tratamento de forma voluntária, mas se receber a ajuda adequada, é possível vencer”.

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Projeto Vôo Livre II - FATORES DE RISCO

Pai ou parente próximo com abuso de substâncias ou dependência química. Personalidade agressiva ou impulsiva. Instabilidade familiar, falta de supervisão.Distúrbios psiquiátricos,especialmente depressão. Fracasso ou dificuldades escolares. Baixo nível de auto-estima. Miséria. História de abuso físico e sexual. Bulimia e distúrbios de atenção.

Um dos mais poderosos fatores predisponentes ao uso de substâncias é a influência do grupo de iguais. Um adolescente cujos melhores amigos usam o fumo, o álcool e outras drogas serão mais facilmente levados a experimentar do que aquele cujos amigos evitam as drogas e não estão de acordo com seu uso.

Por isso, Pais e Responsáveis sejam chatos, saibam com quem seus filhos andam e coloquem limites.

Na próxima tem mais.

Estar Sóbrio é...

...acordar e ter que trabalhar...
...ver a caixa do correio cheia...
...ter um monte de recados na secretária eletrônica...
...mas no meio deles, um que diz:
"Estou com muita saudade de você!"
...ver que no almoço a cozinheira fez uma salada de jiló...
...mas o prato principal está apetitoso e é o seu preferido!
...estar num trânsito terrível...
...mas ligar o rádio e ouvir a sua música predileta tocando, lembrando de um modo especial de alguém e esse alguém é Jesus.
...brigar com o cachorro porque ele comeu seu sapato...
...mas ser recebido(a) por ele, com festa, todos os dias quando chega em casa!
Estar Sóbrio é...

...chegar em casa exausto(a)....
... ter um monte de problemas...
...mas ser capaz de sorrir com as pequenas coisas do dia- a- dia!!!
Estar Sóbrio é...
...reconhecer que temos pessoas especiais ao nosso lado, mesmo estando a quilômetros de distância.
Estar Sóbrio é...
...saber que, mesmo estando sozinho (a), há um DEUS que nunca nos desampara e está sempre pronto para nos ouvir.

Adaptação da mensagem do Padre Marcelo Rossi

QUEM É O CULPADO ?

O Filho do Pedreiro ou o Filho do Engenheiro?
Dentro do contexto da doença dependência química é comum os pais e familiares procurarem um culpado “bode expiatório” para justificar o uso abusivo de seu ente querido portador da doença.
A pergunta continua a ser feita: quem é o culpado.
- o Filho do pedreiro que é amigo do filho do engenheiro, sabe onde pode encontra a droga de uso, visto que mora na periferia e não tem poder aquisitivo (dinheiro) para obter a substancia, mas o filho do engenheiro que mora em bairro de classe alta e por isso tem o poder aquisitivo (dinheiro) para a compra da substancia, e não sabe onde obter, quando juntos em algum evento da moda (festas, baladas, passeios, etc.) encontram a oportunidade para uso de substancias psicoativa aonde vem o uso experimental, se for prazeiro, vem o abuso e consequentemente a dependência química.
- É muito comum em terapias familiares ouvirmos familiares justificarem a doença com as frases; foram as más companhias que fizeram isso. Sempre avisei para ele se afastar de fulano ou a clássica pergunta onde foi que eu errei?
Não existem culpados e não existem erros, muito menos más companhias.
Na nossa sociedade o que existe é a falta de informação e omissão a prevenção primária que deveria ser feita com nossos pré-adolescentes. Pais e responsáveis devem exigir dos educadores e governantes a informação do que é comportamento de risco como matéria curricular, comportamentos de risco incluem uso de drogas suas causas e efeitos como também orientação sexual. Prevenindo assim a dependência química e doenças sexualmente transmissíveis e a AIDS em nossos jovens. É a prevenção através da informação.
Na opinião do PROMUT – Programa Mutação, ninguém é culpado por ter adquirido uma doença, mas é responsável em seu tratamento e em sua prevenção.
Odemar da Rocha Brandão Filho
Consultor em Dependência Química e DST/AIDS

SINTOMAS DA FAMÍLIA E PERDAS COM A RECUPERAÇÃO.

A dependência química é uma doença que atinge não só o dependente químico, mas também a família. Durante a progressão da doença, o dependente vai gradativamente se transformando no foco da atenção familiar muitas vezes de forma ostensiva e outras de formação sutil. Os familiares se sentem inclinados a questionarem aonde falharam, aonde incorreram em erro. Algumas vezes, questionam a própria sanidade. Eventualmente quase todas as atividades familiares apresentam correlação, consciente ou inconsciente, com a reação que possa produzir no dependente. A intensidade da obsessão do dependente de drogas é compartilhada por aqueles que estão emocionalmente ligados e a doença do dependente de alguma forma se torna à doença da família inteira. E quais são os sintomas dos familiares que estão envolvidos? Vamos imaginar que o dependente químico busca uma recuperação para si. Será que a vida do familiar será maravilhosa? A batalha com a dependência química, que tanto consumiu as energias da família agora acabou e a família experimenta um pouco da mesma euforia que o dependente sente quando descobre que a vida pode ser agradável e útil sem as drogas. Essa euforia é buscada na realidade. E a realidade é uma verdadeira reviravolta nos assuntos da família quando o dependente começa a se transformar numa pessoa responsável. Entretanto, para que sejam mantidos os bons sentimentos que paralelamente acompanham a mudança saudável do dependente, a família também terá que se submeter às inúmeras modificações. E isto é algo que a família não espera. O processo de recuperação significa o desaparecimento de muitas coisas desagradáveis, coisas essas que a família não acredita que ira sentir falta. Mas o que se percebe é que mesmo para a perda de uma dor, se essa dor for íntima, envolve profundas adaptações. Imaginemos uma pessoa que more em um apartamento ou em uma casa, numa esquina barulhenta. De alguma forma, a pessoa aprende a viver com esse barulho infernal. Ela vai para o campo passar uns dias na esperança de encontrar paz e descobre que não consegue dormir por causa do silêncio. Esse exemplo tem algo comum com a família do dependente: este correlacionado com o processo de recuperação que o usuário concordou em submeter-se. A perda de um incômodo. Quando o transtorno é retirado, eles poderão sentir que alguma coisa está faltando, ao mesmo tempo em que não conseguem acreditar nos seus sentimentos, por parecerem ilógicos. Que perdas são estas? Perda de um estilo de vida; Perda da segurança emocional; Perda de papéis familiares; Perda do “bode expiatório”; Perda da confortabilidade; Perda da válvula de escape das “neuroses” familiares; Perda de um membro para o mundo; Perda da razão do mal estar. Nestes casos, se a família não busca a sua própria recuperação, isto influi negativamente na recuperação do dependente e caso o dependente recaia. Ela vai continuar a culpá-lo e não perceber que ele sozinho não é responsável pela infelicidade de todos. Caso os membros dessa família resolvam se tratar, precisarão perceber que é importante para sua própria recuperação parar para perceberem a sua própria doença. A qual se traduz em viver a vida do outro, em controlar pessoas, situações e resultados; e que devem reformular-se. Esta reformulação consiste em passar a olhar para si mesmo, observar os seus próprios sentimentos, pensamentos, comportamentos, procurando promover mudanças em si mesmo e não mais no outro.

É “SÓ POR HOJE”

NA PROXIMA MAIS SERÁ REVELADO.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012